sábado, 30 de agosto de 2008

Aí vai...

Acho que tenho um jeito Alberto Caeiro de pensar, todavia isso é um paradoxo(entendo um pouco disso, pois já tive um namorado gay metodista nazista do partido anarquista, o qual não deve ser citado). Ingado-me como é o pensamento para Caeiro, quero dizer, quais pensamentos nos tornam doentes? Todos? Assim, sou um ser infectado e doente, não pelo HIV(o qual você não vê, logo não tenho certeza se sou soro negativo), mas por "pensamentofilia", gosto de pensar, e quando escrevo, reconheço-me, ou não. O que me impede, na maioria das vezes, de escrever é um preguiça estranha, talvez seja o meu sistema imunológico tentando reagir, porém perco os meus veados, quase todo o meu rebanho. Fico perdido. Para te enrolar um pouco, contar-te-ei como estou. Estou no banheiro do colégio. Penso (ou não) que em todo lugar há vida, e por haver, não há. Imagine quantas pessoas estão gozando, comendo, usando drogas, estudando, trabalhando e afins nesse momento, todo momento é a repetição do último instante, embora tudo tenha mudado especificamente. Perco-me em dois pensamentos, um é o de que tudo é novo e sempre vemos o mágico tirando o coelho da cartola como se fosse a primeira vez, porém o outro tira toda essa graça, já sei o que acontecerá memso. Queria ser o que talvez não sou, e isso é estranho. Um livro muito marcante para mim foi "O Cortiço" de Aluísio Azevedo, não esquecerei de Rita Baiana dançando nem da morte da negra. Há tantas coisas legais para se ouvir, pensar, sentir e afins, todas elas perdidas por aí, acho que assim estão as minhas idéias nesse texto agora, se um professor olhasse para ele como se estivesse corrigindo uma prova, com certeza, comer-me-ia o rabo (o que em parte é bom), mas, se agisse pensando que sou uma figura célebre da literatura, veria coisas que nem eu pensei, digo: escrevi. É... O pensamento deve ser estudado por infectologistas. Possuo vários poemas, os quais estão perdidos, não na minha cabeça. Levantarei, sairei do colégio, acenderei um cigarro e voltarei para casa. Tudo esperado, dificilmente alguma dessa coisas não acontecerão. Aí vai uma relação indireta de minhas amigas com a minha vida e depois uma escritura de uma pessoa (Madame Batistini) que me anima nas manhãs tristes, as quais nem sempre são cinzas...

Ana-grama

A Cá, bocetuda.
A Rê, começo.
Tudo em Van.
A Fê lê cidade e as serras.
A Lu, no plural, está em minha vida.
A Má, ar e sol, casamento sem babydoll.
Eu pinto de preto....

"Eu quero levar uma vida moderninha.

Garota moderninha
Amiga de maconheira, namorada de um
gay, casada com dois amigos e também
com sua amiga maconheira.
Rebelde revolucionária, aspirante à cineasta.
Fuma na porta do colégio.
Garota moderninha que adora
se apaixonar e não quer
se prender.
Mas ao chegar
em casa,
a garota moderninha
ouve
Wando e assite
Titanic com
seu pote de
brigadeiro."

Um comentário:

Re Batistini disse...

e aqui vai um recado da madame batistini para um estratosferico escritor com opções sexuais alternativas:


" como vai você ? eu preciso sabeer da sua vidaaaa !"